terça-feira, 29 de junho de 2010

Testes de Sistemas de Proteção, Automação e Controle de Grandes Áreas - Parte 5

Teste Caixa Preta

Teste Caixa Preta (Black Box) é um método de ensaio muito comum. Neste caso o responsável pelo teste vê o objeto de teste como uma caixa preta. Isso significa que o testador não está interessado no comportamento interno e estrutura da função testada.
No caso da abordagem do teste caixa preta, o sistema de teste só está interessado em encontrar condições sob as quais o objeto de teste não se comporta de acordo com suas especificações. Os dados de teste são derivados unicamente a partir das especificações de entrada e saída do objeto sob teste, sem o conhecimento da estrutura interna da função.
O teste caixa preta é usado tipicamente para:
• Teste de elementos funcionais
• Teste em fábrica de WAPACS
• Teste em aceitação em campo de WAPACS
Uma vez que os elementos funcionais são definidos como as menores unidades independentes que podem existir e podem ser testadas, é claro que o teste de caixa-preta é o único método que pode ser usado para seus testes.
A resposta do objeto sob teste para os estímulos pode ser monitorada pelo sistema de teste usando a operação das saídas físicas, mensagens de comunicações ou relatórios.

Teste Caixa Branca

Teste Caixa Branca (White Box) é um método de ensaio onde o sistema de teste tem como objetivo o teste da operação do objeto teste sob condições de ensaio e a comprovação de seu comportamento interno e estrutura.
Tratando-se de WAPACS significa que irá não só acompanhar o funcionamento do sistema no seu limite funcional, mas também acompanhar a troca de sinais entre os diferentes componentes do sistema.
A estratégia de teste permite a análise da estrutura interna do objeto sob teste e seu comportamento, especialmente para o teste no caso de falha do sistema.
Esse método é particularmente útil quando é realizado o teste de funções distribuídas baseadas em diferentes interfaces lógicas.
A observação do comportamento de subfunções ou elementos funcionais é obtido pelo sistema de teste através do monitoramento da troca de mensagens entre os componentes do objeto sob teste. Entretanto, os cenários de teste não precisam ser diferentes dos cenários usados na abordagem de testes caixa preta.

Teste de Cima para Baixo

Os testes de cima para baixo são procedimentos que podem ser amplamente utilizados para WAPACS, especialmente durante os testes de aceitação em campo, quando se pode supor que todos os componentes do sistema já estão configurados e testados. Isto pode ser realizado utilizando as abordagens de teste caixa preta ou caixa branca.
O teste começa com o sistema completo, seguido do teste da função ou subfunção e se necessário o teste do elemento funcional.
No caso dos testes de aceitação em fábrica, quando nem todos os componentes de um sistema ou subsistema estão disponíveis, é necessário o sistema de teste ser capaz de simular a operação desses componentes como esperado, segundo as condições do cenário de teste.
Neste caso, o sistema de teste cria elementos simulados para funções ou elementos funcionais que ainda não estão disponíveis.
Os testes de cima para baixo para novas avaliações dos elementos de níveis superiores devem ser realizados quando forem adicionados elementos de níveis inferiores do sistema.
Cada elemento funcional é testado conforme um plano de teste de elemento funcional, com uma estratégia de cima para baixo. Um modelo de teste é um módulo que simula as operações de um módulo que é especificado dentro de um teste. Ele pode substituir o módulo real (por exemplo, um elemento de monitoramento de linha) para fins de teste.

Teste de Baixo para Cima

O teste de baixo para cima é um método que começa com funções do nível inferior, tipicamente com os elementos funcionais utilizados no sistema, como por exemplo, MMXU ou ZLIN.
Este método é mais adequado para o tipo de testes aplicado por um fabricante ou nos testes de aceitação realizados pelo usuário.
Ao testar sistemas ou funções complexas de vários níveis, elementos funcionais devem ser criados para os que não estão disponíveis. O sistema de ensaio deve ser capaz de simular qualquer componente ausente do sistema ao executar, por exemplo, os testes de aceitação de fábrica. A Figura 3 mostra o exemplo de um elemento simulado.
Existem muitas semelhanças nos cenários de teste utilizados no método de baixo para cima, se comparados com o método de cima para baixo. A principal diferença entre os dois métodos é a ordem em que os testes são executados e o número de testes exigidos.

A descrição dos tipos de teste continua na parte 6.

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