Hoje eu resolvi voltar a escrever.
E é impressionante quando as decisões nos movem, mostrando que os
instantes passam, mas nossa capacidade de os sentir não. E principalmente a
surpresa do momento novo.
Essas palavras não são apresentadas agora como o interlúdio entre
mudanças de pensamentos, certezas ou mesmo mudanças radicais do pensamento do
autor. Elas apenas mostram a transição de um momento para outro. E assim deve
ser...
Momentos que devem ser vividos intensamente e felizmente deliciados
enquanto o outro não vem. Feliz é o momento que não queremos que acabe, feliz é
instante onde não pensamos na chegada do próximo.
Torceremos nessa esperança, pra falar de esperança:
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!
(Esperança, Augusto dos Anjos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário