Percebi que o que vale mesmo é perceber. É cercar a vida de
percepção, da capacidade de aprender pelos sentidos, pela mente. Agregar a
realidade à nossa ilusão, nem sempre doce e delicada, mas às vezes forte e
destruidora.
Percebi que queria ser desiludido, sem ilusões, ou seja, sem
o engano dos sentidos ou do espírito que faz tomar a aparência pela realidade.
Mas e daí? Quando foi que a dureza da retidão da clareza da falta de ilusão se
transformou na verdade? Verdade de quem? É como Fernando, o Pessoa, já escreveu
que “pode ser que nos guie uma ilusão; a consciência, porém, é que nos não guia”.
E de novo percebi que queria...
E perceber isso mostrou que o grande pode ser pequeno, o
rápido pode passar muito devagar, que as certezas acabam na ilusão. E citando Honoré
de Balzac: “A ilusão é uma fé desmedida”.
Percebo que pessoas são melhores e maiores que coisas.
Percebo que hoje é o dia mais importante. Percebo que o tempo só vale com você.
Percebo também que Mario Quintana descreveu bem dizendo que “viver
é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É
buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!”.
Percebo que o oi é melhor que o até. Que o tô indo é maior do
que o não dá. Que o abraço é melhor que o aceno.
Então, um forte abração.
Por Marcelo Paulino
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