domingo, 3 de junho de 2012

Percebi...


Percebi que o que vale mesmo é perceber. É cercar a vida de percepção, da capacidade de aprender pelos sentidos, pela mente. Agregar a realidade à nossa ilusão, nem sempre doce e delicada, mas às vezes forte e destruidora.

Percebi que queria ser desiludido, sem ilusões, ou seja, sem o engano dos sentidos ou do espírito que faz tomar a aparência pela realidade. Mas e daí? Quando foi que a dureza da retidão da clareza da falta de ilusão se transformou na verdade? Verdade de quem? É como Fernando, o Pessoa, já escreveu que “pode ser que nos guie uma ilusão; a consciência, porém, é que nos não guia”.

E de novo percebi que queria...

E perceber isso mostrou que o grande pode ser pequeno, o rápido pode passar muito devagar, que as certezas acabam na ilusão. E citando Honoré de Balzac: “A ilusão é uma fé desmedida”.

Percebo que pessoas são melhores e maiores que coisas. Percebo que hoje é o dia mais importante. Percebo que o tempo só vale com você.

Percebo também que Mario Quintana descreveu bem dizendo que “viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!”.
Percebo que o oi é melhor que o até. Que o tô indo é maior do que o não dá. Que o abraço é melhor que o aceno.

Então, um forte abração.

Por Marcelo Paulino

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