sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Curso aberto em São Paulo - Teste de Proteção

Avaliação em Campo de Buchas de Transformadores - Parte 2


Avaliação de Transformadores e Buchas

A avaliação de equipamentos de subestação tem evoluído com a utilização procedimentos e sistemas de teste dotados de técnicas e ferramentas que promovem uma avaliação eficaz e rápida desses equipamentos.
Essa avaliação deve ser aprimorada de forma a garantir o funcionamento contínuo das instalações responsáveis pelo suprimento de energia elétrica.
A estimativa dos custos envolvidos em qualquer tipo de interrupção de energia implica na implantação de programas de manutenção preventiva.Neste caso, o objetivo principal é permitir a avaliação da instalação e equipamentos utilizando novas técnicas e ferramentas capazes de detectar o quanto antes uma possível falha.
Diante do novo modelo do setor elétrico e o advento da parcela variável, as instalações, na sua grande maioria envelhecida, são forçadas a permanecer em operação por tanto tempo quanto possível
Como os equipamentos elétricos instalados em subestações podem ser solicitados a operar sob diversas condições adversas, tais como: altas temperaturas, chuvas, poluição, sobrecarga e dessa forma, mesmo tendo uma operação e manutenção de qualidade, não se pode descartar a possibilidade de ocorrerem falhas que deixem indisponíveis as funções de transmissão e distribuição de energia elétrica aos quais pertencem. Assim, as atividades de comissionamento e manutenção periódica para verificação regular das condições de operação desses equipamentos tornam-se cada vez mais importante. E torna-se imperativo a busca de procedimentos e ferramentas que possibilitem a obtenção de dados das instalações de forma rápida e precisa.
Os trabalhos mostrados aqui foram publicados em diversos eventos nacionais e internacionais, e mostram técnicas de avaliação e testes de transformadores utilizando varredura de freqüências. Por meio da observação do fenômeno do efeito pelicular e do fenômeno da polarização do meio dielétrico, o trabalho avalia a condição do isolamento de transformadores de potência e buchas de alta tensão.

Efeito Pelicular

Efeito pelicular (Skin effect em inglês) é um efeito caracterizado pela repulsão entre linhas de corrente eletromagnética, criando a tendência de esta corrente fluir na superfície do condutor elétrico. Este efeito é proporcional à intensidade de corrente, freqüência e das características magnéticas do condutor *.
Freqüentemente encontrado em sistemas de corrente alternada, o efeito pelicular é responsável pelo aumento da resistência aparente de um condutor elétrico, devido à diminuição da área efetiva do condutor.

*[Ref.R. Robert, “Efeito Pelicular”, Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 22, no. 2, Junho, 2000]

Continua...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Avaliação em Campo de Buchas de Transformadores - Parte 1

AVALIAÇÃO EM CAMPO DE BUCHAS EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA – FATOR DE DISSIPAÇÃO A 60 HZ É SUFICIENTE?
A resposta é não!

A partir dessa postagem eu publicarei diversos trabalhos e resultados práticos de testes em campo e avaliação de buchas em transformadores de potência.

Este trabalho será apresentado no fim do mês de setembro, em Buenos Aires - Argentina, no CIDEL Argentina 2010, International Electricity Distribution Congress.

Este trabalho descreve técnicas e procedimentos de testes para diagnóstico em campo de buchas de transformadores com métodos de testes automáticos permitindo uma avaliação da capacitância e isolamento das buchas. Foram realizados diversos teste com sistema de teste auto-controlado. Este dispositivo é capaz de gerar sinais senoidais na faixa de freqüência de 15 a 400 Hz, segundo a necessidade do operador. Trata-se do CPC100+CPTD1 da Omicron (veja mais detalhes no site da Adimarco).

A nova tecnologia de teste utilizada possibilita o exame cuidadoso do fator de dissipação, capaz de detectar a degradação do isolamento num estágio inicial com análises detalhadas. Atualmente o fator de dissipação só é medido na freqüência de linha. Com a possibilidade de aplicar uma larga faixa de freqüência, as medições podem ser feitas em freqüências diferentes da freqüência da linha e seus harmônicos. Assim as medições podem ser realizadas também na presença de alta interferência eletromagnética em subestações de alta tensão. Uma das principais conclusões do trabalho é que a medida a 60 Hz não oferece uma análise adequada da bucha. Nesse trabalho foram realizados diversos testes em várias buchas de 138, 230 e 500 kV, onde os resultados demonstram que o método de variação do espectro de freqüência permite análises mais detalhadas do isolamento.

Continua....