(publicado junto com o texto Radiografia de Transformadores – Revista O Setor Elétrico - Edição 38, Março de 2009)
A história do desenvolvimento tecnológico pode ser descrito com a frase de Sir Isaac Newton: "Se fui capaz de ver mais longe foi apenas porque eu estava apoiado sobre ombro de gigantes."
No campo da eletricidade e eletromagnetismo, os primeiros passos para o desenvolvimento de uma tecnologia aplicada foram dados no início do século XIX, quando o físico Hans Christian Örsted observou que um fio de corrente elétrica age sobre a agulha de uma bússola. Com isso, percebe-se que há uma ligação entre magnetismo e eletricidade. Seguem-se as contribuições, dentre outros, de Michael Faraday; Alessandro Volta com a descoberta da pilha voltaica; André-Marie Ampère e Joseph Henry que descobriram que a corrente elétrica é induzida por mudanças no campo magnético.
As aplicações práticas do eletromagnetismo começaram a aparecer durante o século XIX, quando Morse constrói o seu primeiro aparelho (1843), Bell realiza a primeira experiência de transmissão a distância da voz humana (1876) e Baudot apresenta o telégrafo impressor (1878). O transporte de energia à distância, realizado pele primeira vez em 1873, sofre um enorme desenvolvimento a partir de 1884 com a invenção do transformador.

Por volta de 1876, não se sabia como transmitir a energia elétrica gerada. A evolução dos conceitos sobre sistemas de potência foram definidos pela conhecida Guerra das Correntes travada por Thomas Edison e George Westinghouse Jr. A história dos transformadores segue na mesma linha – e época – dos eventos aqui descritos.
Em 1880, Thomas Alva Edson apresenta sua lâmpada incandescente (em corrente contínua), a mais eficiente de então. Nessa época, na Europa, havia avanços na utilização de corrente alternada.

O transformador possibilitava a elevação das tensões, o que sua corrente permitia, ao contrário da contínua de Edison, diminuindo as perdas na transmissão de energia elétrica.

O transformador de Stanley
